PALMITO JUÇARA
Dia 14 de julho de 2013 fizemos nosso 1º plantio na trilha.
Uma das viaturas levou vinte mudas de palmito Juçara que foram plantadas dentro da pousada Namastê localizada na Ilha Comprida, extremo litoral sul de São Paulo entre a Ilha do Cardoso e a Estação Ecológica Juréia.
Ilha Comprida tem esse nome devido aos seus 74km de extensão e é uma das últimas áreas remanescentes da Mata Atlântica com áreas de mangues, sítios arqueológicos, matas, dunas e espécies raras de aves. A trilha feita para chegar até a pousada é bem leve - famosa Trilha da Banana - e o bacana é poder dirigir no mar (mesmo sendo contra esse tipo de poluição). É uma sensação diferente no 4x4, pois a viatura fica mais 'solta' que em outros tipos de trilhas.
O palmito Juçara, (Euterpe edulis) é uma árvore da família Arecaceae, também conhecido como Palmito doce. Tem de porte médio para grande, que pode atingir entre 8 e 15
metros de altura e 15 centímetros de diâmetro. Tem tronco fino e alto. A
sua floração é branca e em cacho. Quando maduros, os frutos são negros.
A semente, única, é envolta por polpa fibrosa comestível, embora in
natura não tenha um sabor muito agradável
Palmeira de mata atlântica, ocorria de maneira expressiva e dominante
por toda a floresta, entretanto sua exploração predatória pelo palmito,
tornou-a quase extinta em várias regiões. Seus frutos que, amadurecem
por todo o outono e inverno, são de grande importância para a
alimentação das aves.
A existência desta planta neste habitat deve-se a alguns fatores únicos e
primordiais: temperaturas médias de 17ºC a 26ºC e a uma drenagem de água de boa para
regular. Vale dizer: chão encharcado e argila pesada não combinam com
esta espécie.
A sua semente e fruto alimentam diversos animais, que vão de tucanos,
sabiás e periquitos, à maritacas, jacus, tatus e capivaras, entre
outros. Detalhe: por frutificar no inverno, período em que a maioria das
outras árvores está sob estresse hídrico devido ao período seco, o
palmito juçara torna-se fundamental à manutenção desses bichos. Uma curiosidade: apesar de ter uma frutificação abundante (cerca de três
mil sementes/ano), apenas 20% desse total vira uma árvore. E uma das
maiores ameaças ao palmito-juçara, além da redução e destruição de seu
habitat, é o palmiteiro ilegal, que derruba as árvores sem perdão e sem
prisão (já que quase sempre escapam ilesos do crime ambiental, já que
uma palmeira derrubada implica também em tirar o alimento da boca de 40
espécies de mamíferos e aves).
A Mata Atlântica, reserva natural que hoje está restrita a 7% do
território brasileiro, é a “casa” do palmito Juçara. E a sua preservação
está diretamente ligada à manutenção desta floresta. Floresce entre Setembro e Dezembro, já os frutos amadurece entre Abril e Julho.
Confiram algumas fotos do plantio.
Agradecemos ao Denys e Angela pelas mudas!!!
Valeu!!!!
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